Quando em 1090 Henri Androuët, que se estreou como vendedor na Gervais, tem a ideia de dar a provar os queijos de todas as regiões de França aos parisienses que desconheciam a riqueza do seu país, começa a história da casa.
No ano seguinte, Henri Androuët abre por conta própria uma queijaria situada na rua de Amesterdão. Nasce assim a casa Androuët, e com ela a cura como princípio de produção.
Após a I Guerra Mundial, Henri desenvolve o negócio, continuando a curar e a melhorar os queijos disponíveis no mercado. A banalidade dos produtos distribuídos na altura incita Henri Androuët a pesquisar novamente até ir ao encontro dos produtores a quem comprar queijos. Esta busca através do país, numa época em que os caminhos nas zonas de campo ainda não estão pavimentados, permite-lhe adquirir um conhecimento profundo e inédito dos queijos de França, dos locais onde são fabricados e das pessoas que os produzem.
Em meados dos anos 1920, a notoriedade da casa Androuët, que já vendia mais de cem queijos, é tal que Henri Androuët abre uma cave de degustação que se torna o ponto de encontro de todos os amantes do queijo.
No início dos anos 1930, o seu filho Pierre escolhe entre estudar arquitectura e a sucessão no negócio da família. A paixão apodera-se dele e depressa a queijaria se estende a um restaurante, inaugurado em 1934, cujos planos o próprio Pierre desenha.
O sucesso é imediato e o restaurante gastronómico Androuët torna-se uma instituição. Já à frente da casa, Pierre Androuët percorre as estradas para se fornecer o mais directamente possível junto dos produtores. Com o ânimo de quem procura ouro, a prospecção continua. Entretanto, a superfície da cave é ampliada. Aqui se aperfeiçoam técnicas de cura que são, a partir de então, juntamente com o restaurante, os porta-estandartes da casa.
No início dos anos 1950, Henri e Pierre Androuët são considerados os mestres queijeiros mais famosos de França e do mundo. Com as exigências de qualidade ao mais alto nível, Pierre Androuët, embaixador incontestado da queijaria francesa, não hesita em percorrer o mundo para aprender, conhecer e comparar as técnicas de fabrico e as especialidades, ao ponto de se tornar uma verdadeira enciclopédia viva do queijo.